quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Silêncios

Silêncios
Há coisas que calo Como se o meu peito fosse cofre, E o tempo pudesse morrer De desgosto Se as soubesse. Há coisas que guardo em mim, Não por serem jóias, Mas porque as enterro Como resíduos tóxicos. Se as arrancar da alma Como quem arranca erva daninha Não nascerão flores nesse solo. Apenas más memórias.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

PRESENÇA (saudades de ti, filhota)

É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas, teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento das horas ponha um frêmito em teus cabelos... É preciso que a tua ausência trescale sutilmente, no ar, a trevo machucado, as folhas de alecrim desde há muito guardadas não se sabe por quem nalgum móvel antigo... Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela e respirar-te, azul e luminosa, no ar. É preciso a saudade para eu sentir como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida... Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista que nunca te pareces com o teu retrato... E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te. (Mario Quintana)

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Foi tempo de falar e receber silêncio como resposta. Preferível usar terceiros para disparar tiros de raiva.

Eu tive que o fazer quando vi que a estupidez estava a ultrapassar o limite do razoável....e surtiu um resultadão: reduzi "família" e "amigos" (soi disant)...alguns até funeral me fizeram antes do meu tempo aqui na terra terminar. Licão de vida a tirar: custa até às lágrimas, mas liberta a alma.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Ela regressou. Com o seu olhar meigo e atitude decidida, algo alegre, algo triste, como num baile de luz e cor onde o anfitrião perdeu o microfone para anunciar o próximo artista, o espectáculo seguinte. Saiba eu dar-te a mão, ser tua amiga, porque Mãe...eu sinto que sou. Respiro-te.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES DOIDAS SOBRE O DESEMPREGO

Estive a pensar...quando penso, é uma miséria...e já em diálogo com um amigo e depois sozinha, teci algumas considerações que acho pertinente partilhar com vocês, especialmente com aqueles que estejam nesta maravilhosa situação. ESTAR DESEMPREGADO É BOM. Porquê? Primeiro porque se vai ao encontro de uma máxima do 1º Minsitro que acho estar correctíssima: é uma 2ª oportunidade de vida, obstante a idade que se tenha. Se o desemprego ocorrer então perto dos 45/50/55 anos, eu diria que essa 2ª oportunidade de vida se afigura bem mais real, porque se pode ter realmente uma vida nova, a chamada VIDA LIXADA. ESTAR DESEMPREGADO É BOM. Porquê? Porque os desempregados são olhados como aliens, algo do outro mundo, olhados de soslaio...o que os coloca num nível superior, porque ninguém os olha directamente nos olhos, Daí, serem algo de sobejamente elevado em relação ao resto do pessoal. E depois têm todo o tipo de benesses: Tempo livre: não falta. Nada para fazer, nada para cumprir, horário livre, uma modorra. Como se é desempregado, alegremente se usufrui da disponibilidade que os outros não têm (mesmo aqueles que não estejam assim a trabalhar tanto nos seus empregos). Afinal, no desemprego, é-se pago para estar sempre disponível, nunca doente, mesmo que eventualmente não se receba nada do Estado. Fins de semana: não há, o que é bom. Um desempregado não pode ter planos para fim de semana, mesmo que lhe seja oferecido uma oportunidade num oásis, porque um desempregado recebe para ter tempo disponível, não para o usar em lazer. Horários livres: passam a vida a dormir, acordam para fazer nada, e não há horas. Uma maravilha. Status: parasita. Vive à custa dos descontos dos outros (mesmo que tenham descontado antes ou mesmo que não recebam nada enquanto desempregados). Mas é bom. Ser parasita é um status formidável, um nome giro, melhor do que ser tratado por "ladrão" que não quer trabalhar para receber uma esmola de salário. Preocupações: não existem. Isso são coisas só para gente que trabalha, desempregado tem vida fixe. Segurança: existe uma enorme segurança para o desempregado. Além das apresentações periódicas na Junta, a vistoria no centro de emprego, estão constantemente vigiados passo a passo, principalmente quando têm a sorte de receber um subsídio de desemprego baixo. A vigilância é constante, o que evita a sensação de abandono, solidão e inferioridade. Prazos: esquecem o que isso é. O seu prazo de validade expirou. Obrigações: obrigado a ser, a estar, a fazer, mas discretamente, não vão já dizer que não se faz mais do que a obrigação. Direitos: todos. O desempregado tem direito a estar em casa, a não tomar café, a não dar um passeio, a não usar verniz nas unhas, a não fumar, a não refilar, a permanecer calado, a não questionar, a ser pau mandado, a engolir moscas em vez de sapos, a trabalho em troca de nada. Sobretudo, tem o direito de ficar desempregado uma porrada de tempo ou emigrar. E mais alguma coisa se me vai ocorrer, com o tempo. Mas acreditem. ESTAR DESEMPREGADO É O MÁXIMO!!!!!!! E É "IN"! ESTÁ NA MODA!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Mesmo com lágrimas de raiva e palavras contidas, fui, sou, e talvez consiga continuar a ser: titânio

You shout it loud, but I can't hear a word you say I'm talking loud, not saying much I'm criticized, but all your bullets ricochet You shoot me down, but I get up I'm bulletproof, nothing to lose Fire away, fire away Ricochet, you take your aim Fire away, fire away You shoot me down, but I won't fall I am titanium You shoot me down, but I won't fall I am titanium Cut me down, but it's you who'll have further to fall Ghost town and haunted love Raise your voice, sticks and stones may break my bones I'm talking loud, not saying much I'm bulletproof, nothing to lose Fire away, fire away Ricochet, you take your aim Fire away, fire away You shoot me down, but I won't fall I am titanium You shoot me down, but I won't fall I am titanium I am titanium I am titanium Stone hard, machine gun Fired at the ones who run Stone hard, as bulletproof glass You shoot me down, but I won't fall I am titanium You shoot me down, but I won't fall I am titanium You shoot me down, but I won't fall I am titanium You shoot me down, but I won't fall I am titanium I am titanium I am titanium

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Nem tudo vai mal no SNS Há que realmente separar o Trigo do Joio. Nem tudo vai mal no SNS. Neste pequeno desabafo, quero falar do Hospital de S. João. Não da entidade Hospital de S. João. Mas nas pessoas. Técnicos auxiliares de saúde. enfermeiros, médicos, funcionários de limpeza, voluntários... Nomeadamente, as equipas de cuidados intensivos e intermédios onde vi a minha mãe no limbo, lutando pela vida. Lutaram com ela ou por ela, já nem sei. Extremamente bem vigiada, cuidada, velada. E agora na Cirurgia de Mulheres. Pessoal que por ali anda todos os dias, formando diferentes equipas. Tenho visto o rosto humano do serviço público. Até me esqueço que estou num Hospital quando vejo trabalhadores da área, na sua maioria muito jovens, com um sorriso aberto, muita simpatia e uma palavra de conforto para aquela Mulher que me deu a vida e a quem devo muito. Custa-me acreditar que já a vejo sorrir, e custa-me acreditar que quando interpelada por algum(a) enfermeira(o) que se interessa em saber se ela precisa de alguma coisa, a vejo responder: "Não, meu(minha) filho(a)...Estou bem." Porque realmente já são um pouco os "meninos" dela. Bem hajam, e não coloco aqui nomes, porque não os sei todos, e todos mereciam ser mencionados. Mereciam mesmo.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Eu já perdoei...

Sopre as Cinzas -


Quem feriu você já feriu e já passou.
Lá na frente encontrará o inevitável retorno
... e pelas mãos de outrem será ferido também.
A Vida se encarregará de dar-lhe o troco
e você, talvez, nem jamais fique sabendo.

O que importa de verdade é o que você sentiu
e, mais importante, é o que ainda você sente:

Mágoa? Rancor? Ressentimento? Ódio?

Você consegue perceber que esses sentimentos
foram escolhidos por você?
Somos nós que escolhemos o que sentir
diante de agressões e de ofensas.

Quem nos faz o " mal " é responsável pelo que faz,
mas NÓS somos responsáveis pelo que sentimos.
Essa responsabilidade tem a ver com o Amor que
devemos e temos que sentir por nós mesmos.

O ofensor fez o que fez e o momento passou,
mas o que ficou aí dentro de você?

Mágoa?
- Você sabia que de todas as drogas ela é a mais cancerígena?
Pela sua própria saúde, jogue-a fora.

Rancor?
- Ele é como um alimento preparado com veneno irreconhecível:
dia mais, dia menos, você poderá contrair doenças
de cujas origens nem suspeitará.

Ressentimento?
- Pois imagine-se vivendo dentro de um ambiente
constantemente poluído, enfumaçado, repleto de
bactérias e de incontáveis tipos de vírus:
é isso que seu coração e
seus pulmões estão tentando aguentar.
Até quando você acha que eles vão resistir?

Ódio?
- Seus efeitos são paralisantes.
Seu sistema imunológico entrará em conflito com esse
veneno que com o tempo poderá colocar você
face a face com a morte e talvez muito tarde
você venha a perceber que melhor seria ter deixado
que seu agressor colhesse os frutos do próprio plantio.

Por seu próprio Bem e só pelo seu Bem, perdoe.

©Silvia Schmidt

sábado, 14 de abril de 2012

ANNNNNN??????

Reforma vai subir para os 67 anos no setor privado



Governo quer lançar a discussão com os parceiros sociais até final do ano sobre a idade necessária para requerer a pensão de velhice, que passará a ser de 67 anos.

É o próprio ministro Pedro Mota Soares a indicar estar em estudo uma reforma de fundo nesta área, com "a idade mínima de reforma (antecipada) a passar a ser de 57 anos (quando agora está nos 55) e os 67 anos passarão a ser a idade necessária para requerer pensão de velhice", escreve o Expresso na edição de hoje.

O semanário recorda que "atualmente a idade da reforma está fixada nos 65 anos, embora já esteja indexada ao aumento da esperança média de vida. O Governo avança ainda com o plafonamento do valor das reformas, colocando um limite máximo que o Estado se compromete a pagar aos futuros pensionistas. De quanto será esse teto, ninguém sabe. A matéria está há meses em estudo no Ministério da Segurança Social".

"A verdade é que com a explosão das despesas da Segurança Social e a ausência de sinais de crescimento do emprego (e com ele das contribuições para o Estado), são urgentes medidas que permitam a sustentabilidade do sistema. Assim, o aumento em dois anos da idade - mínima e máxima - da reforma é uma das soluções à vista", escreve o Expresso. (in DN online)

E porque razão não se aposta mais nos incentivos aos nascimentos de bébés em vez de estender os anos de trabalho da banda do reumático para que a outra banda do reumático possa sobreviver????

sexta-feira, 13 de abril de 2012

As coisas importantes que esquecemos de fazer...

CARTA DE UM PAI AO FILHO

Amado Filho,

O dia em que este velho já não for o mesmo, tenha paciência e me compreenda.

... Quando eu derramar comida sobre minha camisa e esquecer como amarrar meus sapatos, tenha paciência comigo e se lembre das horas que passei te ensinando a fazer as mesmas coisas.
Se quando conversa comigo, repito e repito as mesmas palavras e sabes de sobra como termina, não me interrompas e me escute. Quando era pequeno, para que dormisse, tive que contar-lhe milhares de vezes a mesma estória até que fechasse os olhinhos.

Quando estivermos reunidos e, sem querer, fizer minhas necessidades, não fique com vergonha e compreenda que não tenho a culpa disto, pois já não as posso controlar. Pensa quantas vezes quando menino te ajudei e estive pacientemente a seu lado esperando que terminasse o que estava fazendo.

Não me reproves porque não queira tomar banho; não me chames a atenção por isto. Lembre-se dos momentos que te persegui e os mil pretextos que tive que inventar para tornar mais agradável o seu banho.

Quando me vejas inútil e ignorante na frente de todas as coisas tecnológicas que já não poderei entender, te suplico que me dê todo o tempo que seja necessário para não me machucar com o seu sorriso sarcástico. Lembre-se que fui eu quem te ensinou tantas coisas.
Comer, se vestir e como enfrentar a vida tão bem com o faz, são produto de meu esforço e perseverança.

Quando em algum momento, enquanto conversamos, eu chegue a me esquecer do que estávamos falando, me dê todo o tempo que seja necessário até que eu me lembre, e se não posso fazê-lo não fique impaciente; talvez não fosse importante o que falava e a única coisa que queria era estar contigo e que me escutasse nesse momento.

Se alguma vez já não quero comer, não insistas. Sei quando posso e quando não devo.

Também compreenda que, com o tempo, já não tenho dentes para morder, nem gosto para sentir.

Quando minhas pernas falharem por estarem cansadas para andar, dá-me sua mão terna para me apoiar, como eu o fiz quando começou a caminhar com suas fracas perninhas.

Por último, quando algum dia me ouvir dizer que já não quero viver e só quero morrer, não te enfades. Algum dia entenderás que isto não tem a ver com seu carinho ou o quanto te amei.

Trate de compreender que já não vivo, senão que sobrevivo, e isto não é viver.
Sempre quis o melhor para você e preparei os caminhos que deve percorrer.

Então pense que com este passo que me adianto a dar, estarei construindo para você outra rota em outro tempo, porém sempre contigo.

Não se sinta triste, enojado ou impotente por me ver assim. Dá-me seu coração, compreenda-me e me apóie como o fiz quando começaste a viver.

Da mesma maneira que te acompanhei em seu caminho, te peço que me acompanhe para terminar o meu.
Dê-me amor e paciência, que te devolverei gratidão e sorrisos com o imenso amor que tenho por você.

Atenciosamente,

Teu Velho

J.M.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

A Vida ao Contrário

"The most unfair thing about life is the way it ends. I mean, life is tough. It takes up a lot of your time. What do you get at the end of it? A death. What's that, a bonus? I think the life cycle is all backwards. You should die first, get it out of the way. Then you live in an old age home. You get kicked out when you're too young, you get a gold watch, you go to work. You work forty years until you're young enough to enjoy your retirement. You do drugs, alcohol, you party, and you get ready for high school. You go to grade school, you become a kid, you play, you have no responsibilities, you become a little baby, you go back into the womb, you spend your last nine months floating... you finish off as an orgasm." (C. Chaplin ou outro autor)

Tudo vai ficar bem...

"Pai" do SNS pede demissão do ministro da Saúde

"...Depois de ouvir as declarações do ministro da Saúde quanto à “insustentabilidade” do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o seu fundador não esconde a indignação e pede a demissão de Paulo Macedo.

“Ele tem que se demitir, porque não pode ser responsável por uma pasta cuja obrigação essencial é garantir a sustentabilidade do SNS, que é uma garantia constitucional”, critica António Arnaut, em declarações à Renascença.

O “pai” do Serviço Nacional de Saúde ficou perplexo com as afirmações do ministro da Saúde, hoje, no Parlamento, e alerta que “no dia em que o SNS for posto em causa e as pessoas começarem a morrer por falta de assistência médica, vai haver um levantamento popular, porque há um limite para o sofrimento..." (in RR)

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Mãe Marieta

Por algum motivo te chamo tão poucas vezes Mãe...e te chamo tantas vezes Marieta...Mãe quando preciso que me dês a mão ou me afagues o cabelo, Marieta quando os teus olhos falam mais do que a tua boca diz. Temos tanta, tanta, tanta coisa falada...tanta lágrima chorada...e risos também. Tanto saber partilhado do que é ser Mãe; as angústias, o desespero, a ignorância de não saber que passo certo dar antes da borrada completa, as alegrias que só os Filhos nos sabem dar...partilhámos o dom que é dar o nosso ser até à exaustão...a Vida, se for preciso, por eles. Mesmo quando achamos que não merecem.

Não és só minha Mãe. Tens sido a minha maior Amiga. E é esse vazio constante que nada consegue preencher quando penso em pegar no telefone para te contar algo que me aconteceu.  Ou desatarmos a falar que nem papagaios, tu sentada no teu sofá com a manta e a botijinha.

Por favor, luta...mas se não quiseres lutar mais porque preferes a dignidade do fim, eu vou tentar aceitar...porque entender, eu entendo.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Tomara

Tomara

Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...
Vinícius de Moraes

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Home

"Home"

Another summer day
Has come and gone away
In Paris and Rome
But I wanna go home
Mmmmmmmm

May be surrounded by
A million people I
Still feel all alone
I just wanna go home
Oh, I miss you, you know

And I’ve been keeping all the letters that I wrote to you
Each one a line or two
“I’m fine baby, how are you?”
Well I would send them but I know that it’s just not enough
My words were cold and flat
And you deserve more than that

Another aeroplane
Another sunny place
I’m lucky, I know
But I wanna go home
Mmmm, I’ve got to go home

Let me go home
I’m just too far from where you are
I wanna come home

And I feel just like I’m living someone else’s life
It’s like I just stepped outside
When everything was going right
And I know just why you could not
Come along with me
'Cause this was not your dream
But you always believed in me

Another winter day has come
And gone away
In even Paris and Rome
And I wanna go home
Let me go home

And I’m surrounded by
A million people I
Still feel all alone
Oh, let me go home
Oh, I miss you, you know

Let me go home
I’ve had my run
Baby, I’m done
I gotta go home
Let me go home
It will all be all right
I’ll be home tonight
I’m coming back home


A minha vida já deu muitas voltas... And I feel just like I’m living someone else’s life...mas com as voltas que deu, e com a volta que está agora a dar em vários sentidos, para a maior parte das pessoas completamente desconhecidos, nunca senti como agora o significado da palavra Família...mesmo com alguns membros longe. Só peço força a mim própria...gostaria de saber rezar, de aliviar a preocupação com oração, mas não sei como o fazer ou a quem. Só a minha Família me faz caminhar de cabeça erguida. Eles são as minhas mãos erguidas em forma de prece a um qualquer deus. Quero encontrar Paz.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Estou lamechas, pronto....




(Foi-me enviado pela minha filha...alertando para a necessidade de dizermos que amamos aqueles que realmente amamos. E que o devemos dizer quando ainda nos ouvem.  Não a título póstumo.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A poucos minutos de dizer"até breve"

Não tenho palavras.
Apenas emoções em catadupa.

E vezes há em que não sinto nada,
Apenas faltas tu.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Em contagem decrescente...

Pais e filhos vivem ilhados, raramente choram juntos e comentam sobre seus sonhos, mágoas, alegrias, frustações.
Augusto Cury

Neste caso, sem fundamento...choro, rio e comento: para mim é o sentido que dou a Família, é o ser mãe de dois filhos que amo. E eles podem fazê-lo comigo.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A despedida que não vai ser porque eu não quero



A verdade é que a gente não faz filhos. Só faz o layout. Eles mesmos fazem a arte-final.
Luís Fernando Veríssimo



Vou ficar algum tempo sem uma das minhas luzes no túnel, e afigura-se-me que pouca gente sabe o que é sentir o que sinto. Porque ser mãe e pai é isto: o eterno, o para sempre, o especial.
Rio, mas não me apetece rir. Sou optimista, mas apetece-me desaparecer e não dizer adeus. Odeio o adeus. Dava a minha vida pela minha filha. Basicamente, morria por ela. Fosse ela a minha luz ou não. Isto é ser mãe. Isto é Amor. Independentemente de tudo, de todos os limites que queiram impor a algo que é ilimitado.
Hoje...dói-me a alma.
.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

E a gente a vê-los passar...

 
"Meia hora está morta. Empresas propõem agora redução dos custos salariais

Os patrões estão determinados a reduzir os custos de laborais das empresas. Entre as medidas que apresentaram ao Governo e aos restantes parceiros para substituir o aumento de 30 minutos do horário de trabalho, estará uma redução até 20% do tempo de trabalho e um corte de salário proporcional, bem como uma alteração do regime de compensação de faltas.
A meia hora está morta. A proposta de aumento do tempo de trabalho não agrada a sindicatos, nem a patrões, e o Governo parece estar disposto a desistir dela. No entanto, essa medida - que tinha como objetivo reforçar a competitividade da economia durante o período de ajustamento - terá de ser compensada por um aprofundamento das reformas de legislação laboral. Segundo apurou o DN/Dinheiro Vivo, uma das alternativas apresentadas pelas confederações patronais envolve possibilidade de as empresas avançarem com reduções de horário de trabalho, que incluem cortes salariais proporcionais, que poderão chegar aos 20%." (in DN)



Não há pachorra para estes senhores. Cresce uma revolta enorme no coração de quem trabalha e que vê os seus dias decorrerem sem qualquer esperança. Está a ser criada uma nova era de escravatura num século que se considera ser civilizado. E, provavelmente, com a futura e total anuência de quem governa todos os Portugueses.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O Politicamente Correcto.

Há muito que não vinha até aqui...Hoje preciso de desabafar. E divagar. Divagar sobre o "politicamente correcto"...
1º ponto: odeio o "politicamente correcto".
2º ponto: odeio mesmo o "politicamente correcto"
3ª ponto: mas odeio mesmo o "politicamente correcto"
Se pensarmos bem, é uma extraordinária forma de estar na vida que deve dar uma tranquilidade suprema. Olhar os demais de cima para baixo, criticar o que está feito e que podia ser sempre melhor, frisar o que está em falta e que sempre é falta demais...só porque sempre se foi politicamente correcto. Ter dinheiro e ser-se politicamente correcto deve ser o máximo...não precisar de nada material e ser-se politicamente correcto, melhor ainda.
O politicamente correcto chateia-me. Porque o Amor não se paga com o politicamente correcto. Amor paga-se com Amor e não com posses, poupanças, orgulho e afins. Porque ter Família que nos apoia está longe de se ser unicamente politicamente correcto. Família paga-se com Amor, Dedicação, Cedência, Diálogo. Porque politicamente correcto implica colocar nos pratos o Passado e o Presente e colocar o Futuro para nivelar. Um relatório de passivo e activo da Vida.  E eu odeio pensar no passado. Muito menos nivelar com o Futuro. Muito menos solicitar pagamento de facturas de vida, mas sem coragem de o dizer de viva voz. O passado angustia-me e o Futuro pode simplesmente não existir. Viva o Presente não politicamente correcto.  Sou anti correcta, anti honesta sem mácula, anti tudo direitinho, anti politicamente correcta. Prefiro ser eu com 4521 defeitos, no mínimo. Mas não viver no Passado e cobrar juros de mora de Amor.