Sopre as Cinzas -
Quem feriu você já feriu e já passou.
Lá na frente encontrará o inevitável retorno
... e pelas mãos de outrem será ferido também.
A Vida se encarregará de dar-lhe o troco
e você, talvez, nem jamais fique sabendo.
O que importa de verdade é o que você sentiu
e, mais importante, é o que ainda você sente:
Mágoa? Rancor? Ressentimento? Ódio?
Você consegue perceber que esses sentimentos
foram escolhidos por você?
Somos nós que escolhemos o que sentir
diante de agressões e de ofensas.
Quem nos faz o " mal " é responsável pelo que faz,
mas NÓS somos responsáveis pelo que sentimos.
Essa responsabilidade tem a ver com o Amor que
devemos e temos que sentir por nós mesmos.
O ofensor fez o que fez e o momento passou,
mas o que ficou aí dentro de você?
Mágoa?
- Você sabia que de todas as drogas ela é a mais cancerígena?
Pela sua própria saúde, jogue-a fora.
Rancor?
- Ele é como um alimento preparado com veneno irreconhecível:
dia mais, dia menos, você poderá contrair doenças
de cujas origens nem suspeitará.
Ressentimento?
- Pois imagine-se vivendo dentro de um ambiente
constantemente poluído, enfumaçado, repleto de
bactérias e de incontáveis tipos de vírus:
é isso que seu coração e
seus pulmões estão tentando aguentar.
Até quando você acha que eles vão resistir?
Ódio?
- Seus efeitos são paralisantes.
Seu sistema imunológico entrará em conflito com esse
veneno que com o tempo poderá colocar você
face a face com a morte e talvez muito tarde
você venha a perceber que melhor seria ter deixado
que seu agressor colhesse os frutos do próprio plantio.
Por seu próprio Bem e só pelo seu Bem, perdoe.
©Silvia Schmidt
segunda-feira, 23 de abril de 2012
sábado, 14 de abril de 2012
ANNNNNN??????
Reforma vai subir para os 67 anos no setor privado
Governo quer lançar a discussão com os parceiros sociais até final do ano sobre a idade necessária para requerer a pensão de velhice, que passará a ser de 67 anos.
É o próprio ministro Pedro Mota Soares a indicar estar em estudo uma reforma de fundo nesta área, com "a idade mínima de reforma (antecipada) a passar a ser de 57 anos (quando agora está nos 55) e os 67 anos passarão a ser a idade necessária para requerer pensão de velhice", escreve o Expresso na edição de hoje.
O semanário recorda que "atualmente a idade da reforma está fixada nos 65 anos, embora já esteja indexada ao aumento da esperança média de vida. O Governo avança ainda com o plafonamento do valor das reformas, colocando um limite máximo que o Estado se compromete a pagar aos futuros pensionistas. De quanto será esse teto, ninguém sabe. A matéria está há meses em estudo no Ministério da Segurança Social".
"A verdade é que com a explosão das despesas da Segurança Social e a ausência de sinais de crescimento do emprego (e com ele das contribuições para o Estado), são urgentes medidas que permitam a sustentabilidade do sistema. Assim, o aumento em dois anos da idade - mínima e máxima - da reforma é uma das soluções à vista", escreve o Expresso. (in DN online)
E porque razão não se aposta mais nos incentivos aos nascimentos de bébés em vez de estender os anos de trabalho da banda do reumático para que a outra banda do reumático possa sobreviver????
Governo quer lançar a discussão com os parceiros sociais até final do ano sobre a idade necessária para requerer a pensão de velhice, que passará a ser de 67 anos.
É o próprio ministro Pedro Mota Soares a indicar estar em estudo uma reforma de fundo nesta área, com "a idade mínima de reforma (antecipada) a passar a ser de 57 anos (quando agora está nos 55) e os 67 anos passarão a ser a idade necessária para requerer pensão de velhice", escreve o Expresso na edição de hoje.
O semanário recorda que "atualmente a idade da reforma está fixada nos 65 anos, embora já esteja indexada ao aumento da esperança média de vida. O Governo avança ainda com o plafonamento do valor das reformas, colocando um limite máximo que o Estado se compromete a pagar aos futuros pensionistas. De quanto será esse teto, ninguém sabe. A matéria está há meses em estudo no Ministério da Segurança Social".
"A verdade é que com a explosão das despesas da Segurança Social e a ausência de sinais de crescimento do emprego (e com ele das contribuições para o Estado), são urgentes medidas que permitam a sustentabilidade do sistema. Assim, o aumento em dois anos da idade - mínima e máxima - da reforma é uma das soluções à vista", escreve o Expresso. (in DN online)
E porque razão não se aposta mais nos incentivos aos nascimentos de bébés em vez de estender os anos de trabalho da banda do reumático para que a outra banda do reumático possa sobreviver????
sexta-feira, 13 de abril de 2012
As coisas importantes que esquecemos de fazer...
CARTA DE UM PAI AO FILHO
Amado Filho,
O dia em que este velho já não for o mesmo, tenha paciência e me compreenda.
... Quando eu derramar comida sobre minha camisa e esquecer como amarrar meus sapatos, tenha paciência comigo e se lembre das horas que passei te ensinando a fazer as mesmas coisas.
Se quando conversa comigo, repito e repito as mesmas palavras e sabes de sobra como termina, não me interrompas e me escute. Quando era pequeno, para que dormisse, tive que contar-lhe milhares de vezes a mesma estória até que fechasse os olhinhos.
Quando estivermos reunidos e, sem querer, fizer minhas necessidades, não fique com vergonha e compreenda que não tenho a culpa disto, pois já não as posso controlar. Pensa quantas vezes quando menino te ajudei e estive pacientemente a seu lado esperando que terminasse o que estava fazendo.
Não me reproves porque não queira tomar banho; não me chames a atenção por isto. Lembre-se dos momentos que te persegui e os mil pretextos que tive que inventar para tornar mais agradável o seu banho.
Quando me vejas inútil e ignorante na frente de todas as coisas tecnológicas que já não poderei entender, te suplico que me dê todo o tempo que seja necessário para não me machucar com o seu sorriso sarcástico. Lembre-se que fui eu quem te ensinou tantas coisas.
Comer, se vestir e como enfrentar a vida tão bem com o faz, são produto de meu esforço e perseverança.
Quando em algum momento, enquanto conversamos, eu chegue a me esquecer do que estávamos falando, me dê todo o tempo que seja necessário até que eu me lembre, e se não posso fazê-lo não fique impaciente; talvez não fosse importante o que falava e a única coisa que queria era estar contigo e que me escutasse nesse momento.
Se alguma vez já não quero comer, não insistas. Sei quando posso e quando não devo.
Também compreenda que, com o tempo, já não tenho dentes para morder, nem gosto para sentir.
Quando minhas pernas falharem por estarem cansadas para andar, dá-me sua mão terna para me apoiar, como eu o fiz quando começou a caminhar com suas fracas perninhas.
Por último, quando algum dia me ouvir dizer que já não quero viver e só quero morrer, não te enfades. Algum dia entenderás que isto não tem a ver com seu carinho ou o quanto te amei.
Trate de compreender que já não vivo, senão que sobrevivo, e isto não é viver.
Sempre quis o melhor para você e preparei os caminhos que deve percorrer.
Então pense que com este passo que me adianto a dar, estarei construindo para você outra rota em outro tempo, porém sempre contigo.
Não se sinta triste, enojado ou impotente por me ver assim. Dá-me seu coração, compreenda-me e me apóie como o fiz quando começaste a viver.
Da mesma maneira que te acompanhei em seu caminho, te peço que me acompanhe para terminar o meu.
Dê-me amor e paciência, que te devolverei gratidão e sorrisos com o imenso amor que tenho por você.
Atenciosamente,
Teu Velho
J.M.
Amado Filho,
O dia em que este velho já não for o mesmo, tenha paciência e me compreenda.
... Quando eu derramar comida sobre minha camisa e esquecer como amarrar meus sapatos, tenha paciência comigo e se lembre das horas que passei te ensinando a fazer as mesmas coisas.
Se quando conversa comigo, repito e repito as mesmas palavras e sabes de sobra como termina, não me interrompas e me escute. Quando era pequeno, para que dormisse, tive que contar-lhe milhares de vezes a mesma estória até que fechasse os olhinhos.
Quando estivermos reunidos e, sem querer, fizer minhas necessidades, não fique com vergonha e compreenda que não tenho a culpa disto, pois já não as posso controlar. Pensa quantas vezes quando menino te ajudei e estive pacientemente a seu lado esperando que terminasse o que estava fazendo.
Não me reproves porque não queira tomar banho; não me chames a atenção por isto. Lembre-se dos momentos que te persegui e os mil pretextos que tive que inventar para tornar mais agradável o seu banho.
Quando me vejas inútil e ignorante na frente de todas as coisas tecnológicas que já não poderei entender, te suplico que me dê todo o tempo que seja necessário para não me machucar com o seu sorriso sarcástico. Lembre-se que fui eu quem te ensinou tantas coisas.
Comer, se vestir e como enfrentar a vida tão bem com o faz, são produto de meu esforço e perseverança.
Quando em algum momento, enquanto conversamos, eu chegue a me esquecer do que estávamos falando, me dê todo o tempo que seja necessário até que eu me lembre, e se não posso fazê-lo não fique impaciente; talvez não fosse importante o que falava e a única coisa que queria era estar contigo e que me escutasse nesse momento.
Se alguma vez já não quero comer, não insistas. Sei quando posso e quando não devo.
Também compreenda que, com o tempo, já não tenho dentes para morder, nem gosto para sentir.
Quando minhas pernas falharem por estarem cansadas para andar, dá-me sua mão terna para me apoiar, como eu o fiz quando começou a caminhar com suas fracas perninhas.
Por último, quando algum dia me ouvir dizer que já não quero viver e só quero morrer, não te enfades. Algum dia entenderás que isto não tem a ver com seu carinho ou o quanto te amei.
Trate de compreender que já não vivo, senão que sobrevivo, e isto não é viver.
Sempre quis o melhor para você e preparei os caminhos que deve percorrer.
Então pense que com este passo que me adianto a dar, estarei construindo para você outra rota em outro tempo, porém sempre contigo.
Não se sinta triste, enojado ou impotente por me ver assim. Dá-me seu coração, compreenda-me e me apóie como o fiz quando começaste a viver.
Da mesma maneira que te acompanhei em seu caminho, te peço que me acompanhe para terminar o meu.
Dê-me amor e paciência, que te devolverei gratidão e sorrisos com o imenso amor que tenho por você.
Atenciosamente,
Teu Velho
J.M.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
A Vida ao Contrário
"The most unfair thing about life is the way it ends. I mean, life is tough. It takes up a lot of your time. What do you get at the end of it? A death. What's that, a bonus? I think the life cycle is all backwards. You should die first, get it out of the way. Then you live in an old age home. You get kicked out when you're too young, you get a gold watch, you go to work. You work forty years until you're young enough to enjoy your retirement. You do drugs, alcohol, you party, and you get ready for high school. You go to grade school, you become a kid, you play, you have no responsibilities, you become a little baby, you go back into the womb, you spend your last nine months floating... you finish off as an orgasm." (C. Chaplin ou outro autor)
"Pai" do SNS pede demissão do ministro da Saúde
"...Depois de ouvir as declarações do ministro da Saúde quanto à “insustentabilidade” do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o seu fundador não esconde a indignação e pede a demissão de Paulo Macedo.
“Ele tem que se demitir, porque não pode ser responsável por uma pasta cuja obrigação essencial é garantir a sustentabilidade do SNS, que é uma garantia constitucional”, critica António Arnaut, em declarações à Renascença.
O “pai” do Serviço Nacional de Saúde ficou perplexo com as afirmações do ministro da Saúde, hoje, no Parlamento, e alerta que “no dia em que o SNS for posto em causa e as pessoas começarem a morrer por falta de assistência médica, vai haver um levantamento popular, porque há um limite para o sofrimento..." (in RR)
“Ele tem que se demitir, porque não pode ser responsável por uma pasta cuja obrigação essencial é garantir a sustentabilidade do SNS, que é uma garantia constitucional”, critica António Arnaut, em declarações à Renascença.
O “pai” do Serviço Nacional de Saúde ficou perplexo com as afirmações do ministro da Saúde, hoje, no Parlamento, e alerta que “no dia em que o SNS for posto em causa e as pessoas começarem a morrer por falta de assistência médica, vai haver um levantamento popular, porque há um limite para o sofrimento..." (in RR)
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Mãe Marieta
Por algum motivo te chamo tão poucas vezes Mãe...e te chamo tantas vezes Marieta...Mãe quando preciso que me dês a mão ou me afagues o cabelo, Marieta quando os teus olhos falam mais do que a tua boca diz. Temos tanta, tanta, tanta coisa falada...tanta lágrima chorada...e risos também. Tanto saber partilhado do que é ser Mãe; as angústias, o desespero, a ignorância de não saber que passo certo dar antes da borrada completa, as alegrias que só os Filhos nos sabem dar...partilhámos o dom que é dar o nosso ser até à exaustão...a Vida, se for preciso, por eles. Mesmo quando achamos que não merecem.
Não és só minha Mãe. Tens sido a minha maior Amiga. E é esse vazio constante que nada consegue preencher quando penso em pegar no telefone para te contar algo que me aconteceu. Ou desatarmos a falar que nem papagaios, tu sentada no teu sofá com a manta e a botijinha.
Por favor, luta...mas se não quiseres lutar mais porque preferes a dignidade do fim, eu vou tentar aceitar...porque entender, eu entendo.
Não és só minha Mãe. Tens sido a minha maior Amiga. E é esse vazio constante que nada consegue preencher quando penso em pegar no telefone para te contar algo que me aconteceu. Ou desatarmos a falar que nem papagaios, tu sentada no teu sofá com a manta e a botijinha.
Por favor, luta...mas se não quiseres lutar mais porque preferes a dignidade do fim, eu vou tentar aceitar...porque entender, eu entendo.
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