quarta-feira, 15 de agosto de 2012
PRESENÇA (saudades de ti, filhota)
É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo machucado,
as folhas de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.
(Mario Quintana)
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Foi tempo de falar e receber silêncio como resposta. Preferível usar terceiros para disparar tiros de raiva.
Eu tive que o fazer quando vi que a estupidez estava a ultrapassar o limite do razoável....e surtiu um resultadão: reduzi "família" e "amigos" (soi disant)...alguns até funeral me fizeram antes do meu tempo aqui na terra terminar.
Licão de vida a tirar: custa até às lágrimas, mas liberta a alma.
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