quarta-feira, 25 de março de 2009

Economia rss Lucros dos bancos caíram para dois mil milhões de euros

O lucro registado pelos bancos com actividade em Portugal caiu 16,5 % em 2008.

O decréscimo, de 1uase 17%, representa uma descida do volume de lucros para 2,05 mil milhões de euros, face a igual período do ano anterior, anunciou a Associação Portuguesa de Bancos (APB).

"Os resultados líquidos espelham os indicadores de rendibilidade, tendo sido fortemente penalizados pelo volume excepcional de dotações para provisões e pelo reconhecimento de imparidades (perdas potenciais) nas carteiras de títulos e do crédito", justifica a APB.

O rácio que mede a rentabilidade dos activos (ROA) situou-se em 0,51 por cento em 2008, enquanto o rácio que mede a rentabilidade dos capitais próprios se fixou em 10,63 por cento no ano passado, ao registarem uma queda de 17 pontos de base e de 362 pontos de base, respectivamente, face ao ano precedente.

A evolução dos recursos de clientes registou um crescimento de 11,3 por cento, para 173 mil milhões de euros, para o qual "terá contribuído uma maior procura dos aforradores por produtos tradicionais", salienta a Associação.

Os bancos tiveram um desempenho positivo, nomeadamente na captação de depósitos a prazo e de poupança, como consequência da crise dos mercados de capitais que afectaram o comportamento dos produtos de desintermediação, sobretudo dos fundos de investimento, acrescenta a APB.

O volume de crédito concedido elevou-se a 277 mil milhões de euros em 2008, correspondendo a mais 12,4 por cento comparativamente ao ano anterior.

Por sua vez, as responsabilidades representadas por títulos ascenderam a 64 mil milhões de euros, mais 16,3 por cento, reflectindo o recurso das instituições à emissão de dívida titulada, nomeadamente através de programas de papel comercial, de EMTN (Euro Medium Term Notes) e de obrigações hipotecárias.

O resultado financeiro, com uma variação positiva de 8,4 por cento, apresentou uma recuperação da taxa de crescimento face a períodos anteriores, reflectindo o efeito volume de actividade (os activos financeiros médios aumentaram 12,4 por cento) dado que a margem financeira sofreu uma diminuição de 6 pontos de base.

O indicador de relevância dos custos no produto bancário, ou "cost-to-income", demonstra uma melhoria dos níveis de eficiência ao ter ficado 3,9 pontos pontos percentuais abaixo do ano anterior, com um valor de 50,65 por cento.

O activo líquido, que se elevou a 431 mil milhões de euros, registou um crescimento de 12 por cento face a 2007.

Já a rede bancária manteve a tendência verificada desde 2007, tendo aumentado em 294 balcões. O número de trabalhadores do sector cresceu também em 1.811, fixando-se em 54.189 empregados.


In "Jornal de Notícias"

sexta-feira, 20 de março de 2009

Papa pede diálogo "contra as tensões" 14h49m

O Papa Bento XVI apelou em Luanda à partilha da riqueza e ao diálogo contra "o conflito" e as "tensões" e explicou que também conheceu uma guerra que dividiu povos em nome de sonhos e de ilusões.

"Venho de um país onde a paz e a fraternidade são queridas nos corações dos seus habitantes, em particular a tantos que como eu conheceram a guerra e a separação entre irmãos da mesma nação por causa da ideologia desumana e devastadora a par de sonhos e de ilusões que faziam pesar sobre os homens o jugo da opressão", disse Bento XVI, à chegada a Luanda, sem se referir directamente à Segunda Guerra Mundial ou à divisão da Alemanha no pós-guerra.

O Papa usou o seu próprio exemplo ao referir-se "ao diálogo entre os homens para superar qualquer forma de conflito e tensão".

Para Bento XVI, é preciso "fazer de cada nação e, por conseguinte, também da vossa pátria uma casa de paz e fraternidade e deveis tirar do vosso património espiritual e cultural de que Angola é portadora os melhores valores para irdes de encontro uns dos outros, sem medo e aceitando partilhar as vossas riquezas espirituais e materiais em benefício de todos".


In #Jornal de Notícias"

quinta-feira, 19 de março de 2009

Bento XVI diz que preservativos agravam combate à sida
2009-03-17

O Papa Bento XVI defendeu esta terça-feira que a solução para o problema da sida não passa pela distribuição de preservativos, horas antes de aterrar na capital dos Camarões para a sua primeira visita ao continente africano.

"Não se pode resolver (o problema da sida) com a distribuição de preservativos", disse o Papa aos jornalistas a bordo do avião da Alitália que o levará até Yaounde, nos Camarões. Acrescentou que, "pelo contrário, a sua utilização agrava o problema".

Esta é a primeira vez que Bento XVI fala explicitamente no uso de preservativos. A Igreja Católica, que se afirma na linha da frente do combate à sida, encoraja a abstinência para impedir a propagação da doença.

A oposição da Igreja ao uso de preservativos é questionada por padres e freiras que trabalham com vítimas da sida em África.

O Papa estimou ainda que a solução passa por um "despertar espiritual e humano" e pela "amizade pelos que sofrem".

Bento XVI adiantou ainda que pretende apelar à "solidariedade internacional" com África no contexto da actual crise económica, ressalvando que a Igreja não propõe soluções económicas específicas, mas pode dar sugestões "espirituais e morais".

Atribuindo a actual situação económica a um "défice de ética nas estruturas económicas", o Papa disse que é "aqui que a Igreja pode dar o seu contributo".

O Papa Vento XVI deixou Roma hoje de manhã rumo aos Camarões, primeira etapa de um périplo de sete dias pelo continente africano, que o levará também a Angola.

Bento XVI deverá aterrar no aeroporto de Yaounde cerca das 16:00 locais (15:00 GMT).

A sida tem um impacto devastador em África, particularmente em países da África Austral como o Botswana, Suazilândia e África do Sul, os mais afectados em todo o mundo.

In "Jornal de Notícias"

quarta-feira, 4 de março de 2009

Tributo a Rui Pedro

Rui Pedro

Faz hoje 11 anos que desapareceu...
Uma mensagem que eu gostaria que fosse de esperança para uma mãe (e pai também) cujos olhos por duas vezes me impressionaram pela sua beleza tão triste, tão vazia, tão cheia de nada, de um nada cheio de saudade e desespero por um filho que não apareceu mais.
Sou mãe, e admiro essa coragem incrível de não desistir e baixar os braços, deixando que o NUNCA vença.
Gostaria muito que um dia a Filomena pudesse abraçar de novo o seu filho Rui Pedro...Não sei rezar, não acredito nesse Deus que como Pai tão cruelmente castiga assim uma mãe, mas chamo e reúno as energias positivas do Universo para que a ajudem. A ela e a todos os pais na mesma situação.Não deve haver pior dor do que aquela que os consome.