O lucro registado pelos bancos com actividade em Portugal caiu 16,5 % em 2008.
O decréscimo, de 1uase 17%, representa uma descida do volume de lucros para 2,05 mil milhões de euros, face a igual período do ano anterior, anunciou a Associação Portuguesa de Bancos (APB).
"Os resultados líquidos espelham os indicadores de rendibilidade, tendo sido fortemente penalizados pelo volume excepcional de dotações para provisões e pelo reconhecimento de imparidades (perdas potenciais) nas carteiras de títulos e do crédito", justifica a APB.
O rácio que mede a rentabilidade dos activos (ROA) situou-se em 0,51 por cento em 2008, enquanto o rácio que mede a rentabilidade dos capitais próprios se fixou em 10,63 por cento no ano passado, ao registarem uma queda de 17 pontos de base e de 362 pontos de base, respectivamente, face ao ano precedente.
A evolução dos recursos de clientes registou um crescimento de 11,3 por cento, para 173 mil milhões de euros, para o qual "terá contribuído uma maior procura dos aforradores por produtos tradicionais", salienta a Associação.
Os bancos tiveram um desempenho positivo, nomeadamente na captação de depósitos a prazo e de poupança, como consequência da crise dos mercados de capitais que afectaram o comportamento dos produtos de desintermediação, sobretudo dos fundos de investimento, acrescenta a APB.
O volume de crédito concedido elevou-se a 277 mil milhões de euros em 2008, correspondendo a mais 12,4 por cento comparativamente ao ano anterior.
Por sua vez, as responsabilidades representadas por títulos ascenderam a 64 mil milhões de euros, mais 16,3 por cento, reflectindo o recurso das instituições à emissão de dívida titulada, nomeadamente através de programas de papel comercial, de EMTN (Euro Medium Term Notes) e de obrigações hipotecárias.
O resultado financeiro, com uma variação positiva de 8,4 por cento, apresentou uma recuperação da taxa de crescimento face a períodos anteriores, reflectindo o efeito volume de actividade (os activos financeiros médios aumentaram 12,4 por cento) dado que a margem financeira sofreu uma diminuição de 6 pontos de base.
O indicador de relevância dos custos no produto bancário, ou "cost-to-income", demonstra uma melhoria dos níveis de eficiência ao ter ficado 3,9 pontos pontos percentuais abaixo do ano anterior, com um valor de 50,65 por cento.
O activo líquido, que se elevou a 431 mil milhões de euros, registou um crescimento de 12 por cento face a 2007.
Já a rede bancária manteve a tendência verificada desde 2007, tendo aumentado em 294 balcões. O número de trabalhadores do sector cresceu também em 1.811, fixando-se em 54.189 empregados.
In "Jornal de Notícias"
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Aiiiiiiiiiiiiii...não...a sério...hoje conseguiram pôr-me realmente preocupada. Por alguns dias, talvez semanas, não vou dormir e terei a mente de tal forma ocupada que nem vou pensar nas filas a engrossarem nos Centros de Emprego e Segurança Social...sério...sinto as lágrimas quase a rolarem-me pelo semblante...não pode...semelhante desgraça...agora é que acredito que estamos realmente perdidos com este diminuir de lucros abismal.
ResponderEliminarfico preocupadíssimo, mesmo muito preocupado, não pelas quebras nos lucros, mas pelos inevitáveis aumentos dos preços dos serviços que essa cáfila presta, muito em particular o famigerado spread...
ResponderEliminarvão para o raio que os parta!!!
gosto tanto do Pedro
ResponderEliminarJuju
ai enganeiu-me Pedrão. Desculpa
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