14h06m
O Papa Bento XVI elogiou, este domingo, na saudação final da eucaristia a generosidade do agora São Nuno, o Condestável, considerando-o exemplo de "igualdade fraterna" para a sociedade actual.
Depois de na homília Bento XVI ter destacado somente as virtudes militares do Condestável Nuno Alvares Pereira, as palavras proferidas em português no "angelus" foram apenas dedicadas à sua "paixão e despojamento" porque "deu os seus bens aos mais desfavorecidos".
Numa "saudação à delegação portuguesa", que foi muito saudada pelos cerca de 2 mil peregrinos portugueses na Praça de S.Pedro, Bento XVI recordou que o novo santo, que era nobre, preferiu no fim da sua vida dar grandes ofertas aos pobres, tratando-os a todos como "membros da única família humana".
In "Jornal de Notícias"
A sua história de vida é "um apelo" aos cidadãos de hoje, acrescentou Bento XVI.
Ao longo da celebração, foram desfraldadas por diversas vezes várias bandeiras portuguesas e do Corpo Nacional de Escutas (de quem o Condestável é patrono) e faixas alusivas à canonização.
Cada vez que Bento XVI se dirigia aos peregrinos em Português, esses grupos, vindos de locais tão diversos como Cernache do Bonjardim, Alcochete, Porto ou Lisboa, irrompiam em aplausos.
Nas cerimónias, concelebraram com Bento XVI e vários elementos da cúria romana, os cardeais Saraiva Martins e José Policarpo, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Jorge Ortiga, e os bispos José Alves (Évora), Antonino Dias (Portalegre), Vitalino Dantas (carmelita de Beja), o superior geral da Ordem do Carmo em Portugal, frei Agostinho Castro, além de outros sacerdotes.
No guião da cerimónia, a Santa Sé classifica o Condestável como o "homem mais rico de Portugal" do seu tempo que "por amor de Deus fez-se pobre, inteiramente pobre" e "distribuiu todos os seus bens pela Igreja, pelos pobres, pela família e pelos antigos companheiros de armas".
"Só por ordem do rei é que deixou de andar pelas ruas a pedir esmola para os pobres" e "do que o rei lhe mandava para seu sustento, distribuía tudo o que podia pelos pobres, socorrendo e assistindo na agonia aos moribundos", refere ainda o guião.
Dos cinco novos santos, o Condestável é o único não italiano e também aquele que não está directamente relacionado com a fundação de uma instituição religiosa, embora a promoção da sua Causa tenha sido assumida pela Ordem do Carmo.
Juntamente com o Beato Nuno, serão canonizados o sacerdote Arcangelo Tadini (fundador da Congregação das Operárias da Santa Casa de Nazaré), o abade Bernardo Tolomei (Congregação de Santa Maria do Monte Oliveto da Ordem de São Benito), Gertrude Comensoli (Instituto das Religiosas do Santíssimo Sacramento) e Caterina Volpicelli (Congregação das Servas do Sagrado Coração).
domingo, 26 de abril de 2009
sábado, 25 de abril de 2009
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Comparticipar genéricos é "uma razão de justiça"
14h55m
Sócrates disse que um dos objectivos é "melhorar a qualidade de vida" dos idosos com menos rendimentos.
O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que foi por "uma razão de justiça" que o Governo decidiu comparticipar a 100 por cento os medicamentos genéricos a pensionistas com rendimentos inferiores ao Salário Mínimo Nacional.
"O país que eu ambiciono e pelo qual luto é um país onde não é possível que nenhum idoso faça uma escolha entre comprar um medicamento ou qualquer outro tipo de despesa. Não quero que isso aconteça", declarou.
Com a medida aprovada pelo Governo, no Conselho de Ministros de quinta-feira, José Sócrates disse que um dos objectivos é "melhorar a qualidade de vida" dos idosos com menos rendimentos: "Todos os medicamentos serão pagos por todos nós".
Depois de inaugurar uma unidade de cuidados de saúde continuados, na vila alentejana de Portel, José Sócrates declarou que o Governo pretende também promover os genéricos, para que "tenham mais cota" de mercado, ao mesmo tempo que ajuda ao "equilíbrio orçamental" do país.
Para José Sócrates, depois de o Executivo ter "posto as contas públicas em ordem" nos últimos anos, "é o momento para ajudar" e em que "as pessoas precisam de ajuda".
Para que, "num momento de crise, as pessoas tenham a certeza de que o Estado está ao seu lado" e que "os idosos podem contar com a solidariedade do Estado e dos portugueses".
"É assim que se lidera em tempos de crise", afirmou o chefe do Governo, considerando ser necessário "estar perto das pessoas", ao invés de "chorar sobre leite derramado".
"O nosso dever é lançarmo-nos ao trabalho e cerrarmos os dentes" para enfrentar "as dificuldades", sublinhou.
Considerando que a decisão de comparticipar os medicamentos genéricos na totalidade aos idosos que recebem menos do que o salário mínimo nacional terá "grande alcance", José Sócrates insistiu que a medida só é possível depois do esforço com o rigor orçamental do país.
"É uma medida que nós podemos agora tomar e que, há três anos atrás, não podíamos. E, se a podemos tomar, era moralmente inaceitável que não a tomássemos. Se podemos fazer isto, devemos fazê-lo", argumentou.
O primeiro-ministro lembrou ainda que, ao longo desta semana, além da comparticipação dos medicamentos genéricos, o executivo tomou outras duas decisões importantes no âmbito do apoio social.
"A primeira foi melhorar o acesso ao subsídio social de desemprego", do qual vão agora poder beneficiar "mais 15 mil portugueses", e a segunda foi a de Portugal ter a escolaridade obrigatória até ao 12º ano, definindo "uma bolsa de estudo para as famílias mais carenciadas".
A Unidade de Longa Duração e Manutenção de Portel inaugurada hoje pelo primeiro-ministro, integrada na Rede Nacional de Cuidados Continuados e com capacidade para 23 utentes, custou cerca de 1,1 milhões de euros, resultando de uma parceria entre o Estado e a Santa Casa da Misericórdia local.
Visando servir utentes também dos centros de Saúde de Évora, Beja, Vidigueira, Alvito e Cuba, é uma unidade de internamento, de carácter temporário ou permanente, para prestar apoio social e cuidados de saúde a pessoas com doenças crónicas, com diferentes níveis de dependência, e que não reúnam condições para serem cuidadas no domicílio.
Sócrates disse que um dos objectivos é "melhorar a qualidade de vida" dos idosos com menos rendimentos.
O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que foi por "uma razão de justiça" que o Governo decidiu comparticipar a 100 por cento os medicamentos genéricos a pensionistas com rendimentos inferiores ao Salário Mínimo Nacional.
"O país que eu ambiciono e pelo qual luto é um país onde não é possível que nenhum idoso faça uma escolha entre comprar um medicamento ou qualquer outro tipo de despesa. Não quero que isso aconteça", declarou.
Com a medida aprovada pelo Governo, no Conselho de Ministros de quinta-feira, José Sócrates disse que um dos objectivos é "melhorar a qualidade de vida" dos idosos com menos rendimentos: "Todos os medicamentos serão pagos por todos nós".
Depois de inaugurar uma unidade de cuidados de saúde continuados, na vila alentejana de Portel, José Sócrates declarou que o Governo pretende também promover os genéricos, para que "tenham mais cota" de mercado, ao mesmo tempo que ajuda ao "equilíbrio orçamental" do país.
Para José Sócrates, depois de o Executivo ter "posto as contas públicas em ordem" nos últimos anos, "é o momento para ajudar" e em que "as pessoas precisam de ajuda".
Para que, "num momento de crise, as pessoas tenham a certeza de que o Estado está ao seu lado" e que "os idosos podem contar com a solidariedade do Estado e dos portugueses".
"É assim que se lidera em tempos de crise", afirmou o chefe do Governo, considerando ser necessário "estar perto das pessoas", ao invés de "chorar sobre leite derramado".
"O nosso dever é lançarmo-nos ao trabalho e cerrarmos os dentes" para enfrentar "as dificuldades", sublinhou.
Considerando que a decisão de comparticipar os medicamentos genéricos na totalidade aos idosos que recebem menos do que o salário mínimo nacional terá "grande alcance", José Sócrates insistiu que a medida só é possível depois do esforço com o rigor orçamental do país.
"É uma medida que nós podemos agora tomar e que, há três anos atrás, não podíamos. E, se a podemos tomar, era moralmente inaceitável que não a tomássemos. Se podemos fazer isto, devemos fazê-lo", argumentou.
O primeiro-ministro lembrou ainda que, ao longo desta semana, além da comparticipação dos medicamentos genéricos, o executivo tomou outras duas decisões importantes no âmbito do apoio social.
"A primeira foi melhorar o acesso ao subsídio social de desemprego", do qual vão agora poder beneficiar "mais 15 mil portugueses", e a segunda foi a de Portugal ter a escolaridade obrigatória até ao 12º ano, definindo "uma bolsa de estudo para as famílias mais carenciadas".
A Unidade de Longa Duração e Manutenção de Portel inaugurada hoje pelo primeiro-ministro, integrada na Rede Nacional de Cuidados Continuados e com capacidade para 23 utentes, custou cerca de 1,1 milhões de euros, resultando de uma parceria entre o Estado e a Santa Casa da Misericórdia local.
Visando servir utentes também dos centros de Saúde de Évora, Beja, Vidigueira, Alvito e Cuba, é uma unidade de internamento, de carácter temporário ou permanente, para prestar apoio social e cuidados de saúde a pessoas com doenças crónicas, com diferentes níveis de dependência, e que não reúnam condições para serem cuidadas no domicílio.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Familiares das vítimas satisfeitos com decisão governamental sobre custas judiciais do processo
As famílias das vítimas da tragédia de Entre-os-Rios congratularam-se com a decisão governamental que se traduz, na prática, na isenção de custas do processo-crime relativo à queda da ponte.
O Governo decidiu que as indemnizações pagas aos herdeiros das vítimas do acidente em Entre-os-Rios vão ser acrescidas do valor que estes despenderam com custas judiciais.
A resolução foi apresentada no final do Conselho de Ministros pelo secretário de Estado da Presidência, Jorge Lacão.
In "Jornal de Notícias"
PORQUE
Nem tudo pode ser sempre mau. Atrás de um dia outro vem. Não discuto se é uma manobra eleitoralista ou apenas o restabelecimento da ética necessária a este tema tão triste. A justiça, mal feita, foi parcialmente feita. E eu alegro-me com isso.
O Governo decidiu que as indemnizações pagas aos herdeiros das vítimas do acidente em Entre-os-Rios vão ser acrescidas do valor que estes despenderam com custas judiciais.
A resolução foi apresentada no final do Conselho de Ministros pelo secretário de Estado da Presidência, Jorge Lacão.
In "Jornal de Notícias"
PORQUE
Nem tudo pode ser sempre mau. Atrás de um dia outro vem. Não discuto se é uma manobra eleitoralista ou apenas o restabelecimento da ética necessária a este tema tão triste. A justiça, mal feita, foi parcialmente feita. E eu alegro-me com isso.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Moniz responde a Sócrates
Moniz responde a Sócrates
A posição formal da TVI relativamente às acusações de José Sócrates ao "Jornal Nacional" da TVI será anunciada às 20 horas, pelo director-geral, José Eduardo Moniz, naquele espaço informativo.
A jornalista Manuela Moura Guedes confirmou que vai processar judicialmente o primeiro-ministro por difamação. Em entrevista à RTP1, transmitida terça-feira à noite, José Sócrates referiu-se ao telejornal das 20:00 horas de sexta-feira da TVI, apresentado por Manuela Moura Guedes, como sendo "travestido" e feito "de ódio e perseguição". "Aquilo não é um telejornal, é uma caça ao homem", afirmou.
Para a jornalista, estas frases demonstram "que a pessoa que exerce o cargo de primeiro-ministro lida muito mal com a liberdade de informação".
A subdirectora de Informação da TVI recordou ainda ter sido a primeira jornalista portuguesa a "pôr um processo de difamação a alguém por causa do exercício do jornalismo". "Processei o antigo presidente do Sporting, João Rocha, e o jornal do clube, e ganhei", referiu. "Isto é uma reprise", concluiu.
In "Jornal de Notícias"
A posição formal da TVI relativamente às acusações de José Sócrates ao "Jornal Nacional" da TVI será anunciada às 20 horas, pelo director-geral, José Eduardo Moniz, naquele espaço informativo.
A jornalista Manuela Moura Guedes confirmou que vai processar judicialmente o primeiro-ministro por difamação. Em entrevista à RTP1, transmitida terça-feira à noite, José Sócrates referiu-se ao telejornal das 20:00 horas de sexta-feira da TVI, apresentado por Manuela Moura Guedes, como sendo "travestido" e feito "de ódio e perseguição". "Aquilo não é um telejornal, é uma caça ao homem", afirmou.
Para a jornalista, estas frases demonstram "que a pessoa que exerce o cargo de primeiro-ministro lida muito mal com a liberdade de informação".
A subdirectora de Informação da TVI recordou ainda ter sido a primeira jornalista portuguesa a "pôr um processo de difamação a alguém por causa do exercício do jornalismo". "Processei o antigo presidente do Sporting, João Rocha, e o jornal do clube, e ganhei", referiu. "Isto é uma reprise", concluiu.
In "Jornal de Notícias"
SOLIDÃO
Terça-feira, Julho 25, 2006
Solidão - Chico Buarque
"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...
Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos...
Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente...
Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto é circunstância!
Solidão é muito mais do que isto...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma".
Picado hoje do blog Cavalo Selvagem, numa curta e simples homenagem à minha mãe que tanto e tão mal adoro, pois merecia muito mais, contentando-se ela com tão pouco.
Solidão - Chico Buarque
"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...
Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos...
Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente...
Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto é circunstância!
Solidão é muito mais do que isto...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma".
Picado hoje do blog Cavalo Selvagem, numa curta e simples homenagem à minha mãe que tanto e tão mal adoro, pois merecia muito mais, contentando-se ela com tão pouco.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Oito crianças esfomeadas e violentadas por um casal de "iluminados" na França
As crianças, com idades compreendidas entre os 7 e os 17 anos, foram descobertas depois de uma delas ter sido vista a vasculhar caixotes do lixo à procura de alimentos.
Um casal muçulmano de "iluminados" afirmando agir em nome da religião foi detido em França por ter violentado e feito passar fome a oito dos seus filhos, nomeadamente um adolescente com apenas 22 quilogramas.
"Temos um iluminado, com um funcionamento que se assemelha ao de uma seita", explicou o procurador a quem foi confiado o processo em Perpignan (sul), Jean-Pierre Dréno, para qualificar o pai de família, precisando que a mãe partilhava as mesmas ideias.
"Isto vai muito para lá da prática religiosa rigorosa", acrescentou, rejeitando qualquer associação entre estas sevícias e a religião muçulmana.
As crianças, com idades compreendidas entre os 7 e os 17 anos, foram descobertas na casa do casal no sábado durante uma inspecção, depois de um deles, uma rapaz de 13 anos, que não pesava mais de 32 quilogramas para os seus 1,65 metros, ter sido visto a vasculhar caixotes do lixo à procura de alimentos em Banyuls-sur-Mer (sul).
"O adolescente, a tremer de frio, com vestígios de sangue na face, pés descalços, com frieiras, de uma magreza extrema, explicou que acabava de sofrer um castigo porque tinha roubado um punhado de açúcar em pó", indicou o procurador.
A mãe tinha-lhe batido com um pau. Duas das irmãs de 13 anos e meio e de 15 foram encontradas num estado igualmente lamentável, não pesando mais do que 22 quilogramas.
O pai de família de 49 anos, um vendedor ambulante de origem marroquina, e a mulher de origem eslava convertida ao Islão e mais velha um ano, afirmavam querer educar os filhos no estrito respeito da religião.
A família vivia na pobreza, "em autarcia, sem relação com os vizinhos", numa habitação social onde os investigadores não encontraram provisões de alimentos, segundo o procurador.
Os vizinhos falam de uma família "discreta" e dizem não ter suspeitado de nada.
"Eram pessoas fechadas consigo mesmas. Ele não dizia bom dia, ela era muito magra, branca, sem dentes..", declarou uma vizinha, Evelyne Galia.
Os pais explicaram que praticavam escrupulosamente a sua religião e achavam que se impunha um regime alimentar muito severo", precisou o magistrado. E quando as regras ditadas pelo chefe de família não eram respeitadas, avançavam os castigos corporais.
O pai explicou que o filho foi castigado porque precisava de ser reeducado por "ter o hábito de mentir". O facto de ter emagrecido era aliás "um bom sinal". Isso queria dizer que efectivamente lhe foi tirada a mentira que estava nele", acrescentou.
As mais velhas estudavam por correspondência "sob o controlo da mãe" em casa. Os pais tinham-nas tirado do colégio, recusando submeter-se à proibição em França do uso do véu na escola pública.
Este pai de família "diz o que lhe vem à cabeça", reagiu o instituto muçulmano da Mesquita de Paris. Lembrou que as crianças são dispensados do Ramadão, assim como os idosos e as mulheres grávidas.
Três dos oitos filhos que vivem no domicilio familiar, os mais magros, foram hospitalizados e os outros colocados num lar de acolhimento. Foi pedida uma perícia médico-psicológica para todas as crianças.
Um nono filho do casal, maior de idade, já não morava com os pais.
IN "Jornal de Notícias"
Um casal muçulmano de "iluminados" afirmando agir em nome da religião foi detido em França por ter violentado e feito passar fome a oito dos seus filhos, nomeadamente um adolescente com apenas 22 quilogramas.
"Temos um iluminado, com um funcionamento que se assemelha ao de uma seita", explicou o procurador a quem foi confiado o processo em Perpignan (sul), Jean-Pierre Dréno, para qualificar o pai de família, precisando que a mãe partilhava as mesmas ideias.
"Isto vai muito para lá da prática religiosa rigorosa", acrescentou, rejeitando qualquer associação entre estas sevícias e a religião muçulmana.
As crianças, com idades compreendidas entre os 7 e os 17 anos, foram descobertas na casa do casal no sábado durante uma inspecção, depois de um deles, uma rapaz de 13 anos, que não pesava mais de 32 quilogramas para os seus 1,65 metros, ter sido visto a vasculhar caixotes do lixo à procura de alimentos em Banyuls-sur-Mer (sul).
"O adolescente, a tremer de frio, com vestígios de sangue na face, pés descalços, com frieiras, de uma magreza extrema, explicou que acabava de sofrer um castigo porque tinha roubado um punhado de açúcar em pó", indicou o procurador.
A mãe tinha-lhe batido com um pau. Duas das irmãs de 13 anos e meio e de 15 foram encontradas num estado igualmente lamentável, não pesando mais do que 22 quilogramas.
O pai de família de 49 anos, um vendedor ambulante de origem marroquina, e a mulher de origem eslava convertida ao Islão e mais velha um ano, afirmavam querer educar os filhos no estrito respeito da religião.
A família vivia na pobreza, "em autarcia, sem relação com os vizinhos", numa habitação social onde os investigadores não encontraram provisões de alimentos, segundo o procurador.
Os vizinhos falam de uma família "discreta" e dizem não ter suspeitado de nada.
"Eram pessoas fechadas consigo mesmas. Ele não dizia bom dia, ela era muito magra, branca, sem dentes..", declarou uma vizinha, Evelyne Galia.
Os pais explicaram que praticavam escrupulosamente a sua religião e achavam que se impunha um regime alimentar muito severo", precisou o magistrado. E quando as regras ditadas pelo chefe de família não eram respeitadas, avançavam os castigos corporais.
O pai explicou que o filho foi castigado porque precisava de ser reeducado por "ter o hábito de mentir". O facto de ter emagrecido era aliás "um bom sinal". Isso queria dizer que efectivamente lhe foi tirada a mentira que estava nele", acrescentou.
As mais velhas estudavam por correspondência "sob o controlo da mãe" em casa. Os pais tinham-nas tirado do colégio, recusando submeter-se à proibição em França do uso do véu na escola pública.
Este pai de família "diz o que lhe vem à cabeça", reagiu o instituto muçulmano da Mesquita de Paris. Lembrou que as crianças são dispensados do Ramadão, assim como os idosos e as mulheres grávidas.
Três dos oitos filhos que vivem no domicilio familiar, os mais magros, foram hospitalizados e os outros colocados num lar de acolhimento. Foi pedida uma perícia médico-psicológica para todas as crianças.
Um nono filho do casal, maior de idade, já não morava com os pais.
IN "Jornal de Notícias"
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Justiça pede meio milhão em custas às famílias das vítimas de Entre-os-Rios
Familiares das vítimas da tragédia de Entre-os-Rios vão pedir a intervenção do Presidente da República e do Governo para serem libertados do pagamento de meio milhão de euros de custas no processo-crime relativo à queda da ponte.(...)
In Jornal de Notícias
In Jornal de Notícias
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Itália Sismo:
Berlusconi pede aos sobreviventes que encarem a situação como "um fim-de-semana no parque de campismo"
08.04.2009 - 09h18 Agências
O primeiro-ministro italiano voltou às declarações polémicas. Referindo-se às vítimas do sismo que na passada segunda-feira abalou a região centro de Itália e aos milhares de desalojados que estão provisoriamente acomodados em tendas, Silvio Berlusconi disse para encararem a situação como "um fim-de-semana no parque de campismo".
“Não lhes falta nada. Têm cuidados médicos, comida quente... Claro que o actual lugar de abrigo é provisório, mas há que encarar a situação como um fim-de-semana no parque de campismo”, respondeu Berlusconi à cadeia de televisão alemã N-TV.
O sismo já provocou pelo menos 272 mortos, entre os quais 16 crianças, segundo o mais recente balanço divulgado hoje pela Protecção Civil, citada pela agência Ansa.
O número de feridos é de cerca de mil) enquanto o total de pessoas desalojadas é já superior a 28 mil, de acordo com a agência italiana Ansa
Berlusconi prometeu ontem a reconstrução da região afectada pelo abalo. Depois de visitar a cidade de L'Aquila, comprometeu-se com as vítimas, anunciando a constituição de "fundos para garantir às vítimas hipotecas com taxas de juro mais baixas" e a determinação do Executivo em "proporcionar todos os recursos necessários" a uma população acossada pela crise financeira e pela Natureza, com a ajuda de todos os particulares que entretanto se mobilizaram.
O primeiro-ministro renunciou, porém, visitar pessoalmente as áreas mais atingidas da cidade de L'Aquila, ao contrário do que tinha anunciado anteriormente.
O Papa Bento XVI anunciou entretanto que se deslocará "assim que possível" ao local da catástrofe, informa a agência AFP.
Notícia actualizada às 19 e 41 in "PÚBLICO.PT"
08.04.2009 - 09h18 Agências
O primeiro-ministro italiano voltou às declarações polémicas. Referindo-se às vítimas do sismo que na passada segunda-feira abalou a região centro de Itália e aos milhares de desalojados que estão provisoriamente acomodados em tendas, Silvio Berlusconi disse para encararem a situação como "um fim-de-semana no parque de campismo".
“Não lhes falta nada. Têm cuidados médicos, comida quente... Claro que o actual lugar de abrigo é provisório, mas há que encarar a situação como um fim-de-semana no parque de campismo”, respondeu Berlusconi à cadeia de televisão alemã N-TV.
O sismo já provocou pelo menos 272 mortos, entre os quais 16 crianças, segundo o mais recente balanço divulgado hoje pela Protecção Civil, citada pela agência Ansa.
O número de feridos é de cerca de mil) enquanto o total de pessoas desalojadas é já superior a 28 mil, de acordo com a agência italiana Ansa
Berlusconi prometeu ontem a reconstrução da região afectada pelo abalo. Depois de visitar a cidade de L'Aquila, comprometeu-se com as vítimas, anunciando a constituição de "fundos para garantir às vítimas hipotecas com taxas de juro mais baixas" e a determinação do Executivo em "proporcionar todos os recursos necessários" a uma população acossada pela crise financeira e pela Natureza, com a ajuda de todos os particulares que entretanto se mobilizaram.
O primeiro-ministro renunciou, porém, visitar pessoalmente as áreas mais atingidas da cidade de L'Aquila, ao contrário do que tinha anunciado anteriormente.
O Papa Bento XVI anunciou entretanto que se deslocará "assim que possível" ao local da catástrofe, informa a agência AFP.
Notícia actualizada às 19 e 41 in "PÚBLICO.PT"
sábado, 4 de abril de 2009
Aviso
Relativamente ao post intitulado Economia Lucros dos bancos caíram para dois mil milhões de euros, e após alguns momentos de meditação (muito poucos, pois o assunto não merece mais) decidi deixar permanecer os 2 comentários de uma Maria Júlia que eu sei não ser Maria Júlia nenhuma, mas uma alma torturada, esquizofrénica, solitária, ignorante, etc, etc, que decidiu infernizar (sozinho ou acompanhado por mais uns engraçados)alguns blogs que por aí se encontram no mundo da net. Dá-lhe um gozo tremendo ver comentados os seus comentários, ou a pressa com que são retirados por serem tão ofensivos por vezes. Como no meu blog mando eu, eu não os apago. A mim dá-me um gozo diferente: sinto que não sou anormal e que gosto de mostrar a cara; que os comentários ficarão ali para a posteridade pois a pessoa que os colocou jamais se poderá esquecer que pelo menos 2 vezes na vida foi no mínimo parva e que nem animal irracional tapa focinho para atacar.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Mal respira mas tem de ir trabalhar 00h30m MARIA CLÁUDIA MONTEIRO
Rodrigo Pinto tem um enfisema pulmonar e problemas cardíacos que o impedem de trabalhar, nos últimos dois anos e meio. Perdeu direito ao subsídio de doença e, por isso, regressa ao trabalho na próxima segunda-feira.
Cansa-se com facilidade, não consegue pegar em pesos e os dias começam invariavelmente com uma batalha surda com ar que teima em não entrar nos pulmões. Razões para a baixa atestada pela médica de família, mas dificultada pela decisão da junta médica a que compareceu no início de Março.
Segundo os médicos da comissão de avaliação, Rodrigo Pinto, de 60 anos, morador em Rio Tinto, Gondomar, pode continuar em casa, sem trabalhar, mas por se encontrar com a situação clínica estabilizada não continuará a receber o subsídio de doença. Uma decisão mantida pela comissão de reavaliação, a que compareceu na última sexta-feira.
De acordo com as informações prestadas pela Coordenação Médica, e cedidas ao JN pelo Instituto da Segurança Social (ISS), a decisão baseou-se no questionário clínico feito a Rodrigo Pinto, no exame efectuado durante a junta médica e ainda na declaração do Hospital de S. João, segundo a qual "o doente apresenta-se em seguimento regular na consulta de Pneumologia com estabilidade clínica sob terapêutica".
"Qualquer pessoa percebe a minha dificuldade em respirar", indigna-se Rodrigo Pinto. "A médica só me auscultou e disse logo que estava bom", explicou. "Deve ter sido milagre", ironiza.
Perante a manutenção da suspensão do subsídio, Rodrigo decidiu voltar ao serviço na próxima segunda-feira. "E seja o que Deus quiser", diz baixinho. "É que sou um picheleiro dos baratos... Daqueles que fazem todo o tipo de serviço, quer faça chuva ou sol", contou, numa voz ofegante como se acabasse de subir um lanço de escadas. "Não posso ficar em casa sem os 350 euros de subsídio... Só em medicamentos gasto 70 euros por mês", disse. De acordo com o ISS, Rodrigo Pinto poderá vir a beneficiar de outras prestações sociais, como o Rendimento Social de Inserção. Mas para já, o picheleiro nem quer ouvir falar dessa possibilidade. Alimenta ainda a esperança de que o resultado dos exames, entretanto marcados pelo Hospital de S. João, justifiquem uma nova baixa remunerada.
Ninguém explicou de viva voz as possibilidades que Rodrigo Pinto tem para se manter em casa, beneficiando de alguma outra prestação social. E, na dúvida, o picheleiro regressa ao trabalho. "Eles ganham sempre", queixa-se.
In "Jornal de Notícias"
Cansa-se com facilidade, não consegue pegar em pesos e os dias começam invariavelmente com uma batalha surda com ar que teima em não entrar nos pulmões. Razões para a baixa atestada pela médica de família, mas dificultada pela decisão da junta médica a que compareceu no início de Março.
Segundo os médicos da comissão de avaliação, Rodrigo Pinto, de 60 anos, morador em Rio Tinto, Gondomar, pode continuar em casa, sem trabalhar, mas por se encontrar com a situação clínica estabilizada não continuará a receber o subsídio de doença. Uma decisão mantida pela comissão de reavaliação, a que compareceu na última sexta-feira.
De acordo com as informações prestadas pela Coordenação Médica, e cedidas ao JN pelo Instituto da Segurança Social (ISS), a decisão baseou-se no questionário clínico feito a Rodrigo Pinto, no exame efectuado durante a junta médica e ainda na declaração do Hospital de S. João, segundo a qual "o doente apresenta-se em seguimento regular na consulta de Pneumologia com estabilidade clínica sob terapêutica".
"Qualquer pessoa percebe a minha dificuldade em respirar", indigna-se Rodrigo Pinto. "A médica só me auscultou e disse logo que estava bom", explicou. "Deve ter sido milagre", ironiza.
Perante a manutenção da suspensão do subsídio, Rodrigo decidiu voltar ao serviço na próxima segunda-feira. "E seja o que Deus quiser", diz baixinho. "É que sou um picheleiro dos baratos... Daqueles que fazem todo o tipo de serviço, quer faça chuva ou sol", contou, numa voz ofegante como se acabasse de subir um lanço de escadas. "Não posso ficar em casa sem os 350 euros de subsídio... Só em medicamentos gasto 70 euros por mês", disse. De acordo com o ISS, Rodrigo Pinto poderá vir a beneficiar de outras prestações sociais, como o Rendimento Social de Inserção. Mas para já, o picheleiro nem quer ouvir falar dessa possibilidade. Alimenta ainda a esperança de que o resultado dos exames, entretanto marcados pelo Hospital de S. João, justifiquem uma nova baixa remunerada.
Ninguém explicou de viva voz as possibilidades que Rodrigo Pinto tem para se manter em casa, beneficiando de alguma outra prestação social. E, na dúvida, o picheleiro regressa ao trabalho. "Eles ganham sempre", queixa-se.
In "Jornal de Notícias"
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